segunda-feira, 2 de julho de 2012

PARADAS EM RIO PRETO

É inegável a crise diante da esporadicidade desta bloga. A cidade anda tendo concorrência bastante para deixar a gente mal acostumada, achando chato de vez em quando ser gay, pensando numa conversão evangélica ou outras convergências. A da vez foi a da GADA, onde eles puseram tudo que não puseram no ano passado e mais um pouco. Certamente muitos mais foram ver o show no final do que os que sapatearam contra o preconceito na Andaló. 


Nos jogamos literalmente de barriga na festa, sem esquecer da cerveja que nos norteiam rumo ao chão. A organização promete que na próxima parada os vendedores de cerveja também terão maquininhas de passar cartão, para elitizar um pouco mais a proposta. O que não se espera é que a novidade pode vir a lotar ainda mais o evento, com filas do cartão ainda maiores que a do banheiro químico.


Nas paradas holandesas, os restaurantes de fast food passavam a cobrar pelo uso do banheiro em suas dependências. Aqui na terrinha, o Habibs até fechou para as bichas não utilizarem suas exclusivas latrinas. É de se imaginar que a maior parte dessa gente toda esteja em plena diurese neste ponto do evento, de modo que as imediações vão sendo demarcadas de forma canina, embora lá no show os banheiros químicos parecessem suficientes para o alívio quase imediato.


Ainda assim a Parada é para a gente mostrar a nossa simpatia, o que nos sobra e o que nos falta. Há muitas que gastam o que não tem para serem quem realmente são. A gente se contenta com pedaços de sermos nós mesmos sem considerar se é realmente saudável aquilo que a gente engole quando o mundo decide que não vai adiantar os esforços que fizermos para caber nele.


É por isso que nessa noite todas se jogaram, só não as mais fiéis à próxima, que não tarda. Faremos o possível para comparecer, desculpando-nos de antemão se acabarmos fazendo como na última oportunidade que tivemos de ir ferver na faixa na Parada de Bady. Ficamos jogando UNO.



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