Você já ouviu falar do teste da saliva? Você teve a oportunidade de saber se tinha ou não HIV sem picada e sem demora no começo do mês de outubro. Agora o GADA vai para a zona disponibilizar o teste rápido de HIV pela saliva para profissionais do sexo. Eis a pergunta única para o nosso mini-QUIZ: A possibilidade de se saber se você tem HIV ou não em apenas 20 minutos tem qual impacto para você?
A - Nada mudará minha convicção de que meu pastor me curou desse mal terrível impetrado pelo demônio e que nunca mais tomará conta de meu corpo.
B - Achei superprático. Pena não ter dado tempo de aquendar isso. Pena que não sou puta, senão ia agora tirar isso a limpo.
C - Acho mais garantido fazer um teste de sangue, se possível privado, que não me coloque em triagem nenhuma e me diga somente aquilo que quero saber, se sou soropositivo ou não.
Olá, Kléber e Harlen.
ResponderExcluirAntes de tudo, perdoem a minha demora.
Penso que o teste do fluido oral é útil para a prevenção contra o HIV, pois permite o diagnostico precoce. Essa lógica do diagnótico precoce como medida de prevenção parece ser muito interessante, pois permite que pessoas contaminadas 1) Procurem prematuramente acompanhamento médico especializado 2) Cientes da contaminação passem a utilizar preservativos nas relações sexuais, evitando a contaminação de outras pessoas que poderiam ser contaminadas caso o portador não soubesse de sua condição. Esse segundo tópico só pode ser legitimado do ponto de vista moral por alguém que livremente escolha seguir algum princípio irrestrito de "não-maleficência", por exemplo, mas sei que é complicado falar sobre isso.
Neste primeiro momento concordo que o teste da saliva não seja comercializado livremente, mas penso que a medida poderá ser revista quando houver tratamento eficaz disponível ou quando as pessoas tiverem melhor informadas sobre o HIV/AIDS. Um detalhe que me preocupa é a questão do sigilo. A criação de bancos de dados para monitoração de contaminados precisa ser feita com muita cautela e por instituições responsáveis e sérias.
Sobre o video em si, sugeriria mais do ponto de vista estético do que ético que não o terminassem com o quadro tão negativo pintado sobre a AIDS: "...porque é uma doença estigmatizante, ela é uma doença que desqualifica a pessoa, ela tem uma culpalização muito grande...." Semanticamente poderia ser mais interessante terminar com um relato positivo sobre a doença. Aliás, a música final combinaria melhor com este quadro onde se aponta possíveis avanços e perspectivas positivas da doença do que com o atual contexto: Ela começa quando o cara da gada está falando sobre "suicídio".... E ainda do ponto de vista estético, eu não sei qual é a finalidade do video, meio de comunicação e público alvo, mas penso que ele pode ser editado para ganhar mais dinâmica, não acham?
Sobre a questão como um todo ressalto que sempre que falarmos de prevenção contra HIV/Aids devemos lembrar do preservativo. A prevenção por diagnóstico precoce só funciona se houver prevenção conjunta por camisinha....
E um último ponto que não tem haver com o video: sabemos que a AIDS não é uma doença exclusiva dos gays, dos frequentadores da noite e dos darks roons. Hoje ela é uma doença da família heteronormativa, pois os heteressosexuais e as mulheres, sobretudo as casadas, utilizam muito menos preservativos do que os gays, que estão mais informados sobre o vírus, a doença, mecanismos de transmissão, prevenção, diagnósitco e tudo mais. Durante quase 25 anos as campanhas e divulgações sobre a AIDS foram destinadas aos homossexuais, e isto explica a maior desão desse grupo aos preservativos... Penso que nós, os gays, devemos infomar os heterossexuais, sobretudo as mulheres casadas, sobre prevenção, diagnóstico, etc...
Parabéns pela iniciativa,
Tenham uma óitma tarde,
beijos,
Thiago