sábado, 19 de março de 2011

ANIVERSÁRIA DA RIO PRETA

Rio Preta está hoje fazendo mais um ânus. Adivinha de quem? Esta menina faceira dos nossos olhos começou sua história bem cedo, ainda boiadeira, quando as tropeirinhas vinham de Minas bater cabelo e aquendar os primeiros colonos italianos que se assentavam nos tocos solitários dos barrancos repartidos da alta noroeste. Naquele tempo, as apaches já haviam escalpelado horrores de desbravadoras americanas e as Bandeirantes já tinham desfilado lindas por essas bandas com muito mais IBOPE do que a Record e mesmo que a Globo.

E mesmo assim, com a Visconda dizendo que daquelas três casinhas caindo aos pedaços não sairia muita coisa e que aquela vilinha viria a desaparecer, aqui estamos nós com 159 ânus feitos. É certo que tem gente na UOL com uma marca muito mais considerável, mas chegaremos lá. Se a Visconda soubesse da boate que já fervia na rodovia naquela época, ela mesma tinha se mudado para cá. A Cida Caran já enaltecia as nossas personalidades mais representativas da época, sendo que o boom de desenvolvimento e transformação aconteceu a partir do início do século vinte, com a Banca da Dedé atraindo milhares de bibas new generation ávidas para cair de boca na tapioca dela.

Ainda assim, com a atual configuração de grande megalópole capivaresca e centro das mais impensadas proezas em vários níveis da provincialidade humana, percebe-se no fundo mais íntimo da calcinha dessa mona uma coisa que vem do sertão, como se a menina sofisticada nunca tivesse passado de uma caipirinha - de vodka - mas vodka Balalaika. Nos canaviais das paixões, pratica-se de formas inusitadas a mais clássica vocação desta cidade sorridente, que passa muito mais contente do que conseguiria, se perguntada, explicar o porquê.

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