domingo, 2 de outubro de 2011

ALMA LAVADA NA TERCEIRA PARADA DE BADDY BASSIT

Ao contrário da primeira data que estava marcada nos sites oficiais, e que nos fez perder a viagem no meio da pracinha da Vila Borboleta, hoje a Parada de Baddy Bassit aconteceu mesmo. Pelo menos começou. Não nos encharcamos atrás do trio porque não havia teto para todo mundo lá no recinto. Parte do público também se dispersou em meio a tempestade que começou assim que o trio elétrico chegou ao local da festa, que iria até altas horas. Voltamos bem cedo.

Assim disse o GADA, choverá no dia da Parada. Aqui não foi diferente, não se sabe quem choveu na parada de quem. Abigail já nos disse que na Parada de Rio Preto chuviscou e ninguém derreteu. Derreter, não derreteu, mas a dispersão foi grande. Aqui na foto vemos como ela não tomou uma gota dessa chuva.

Ainda assim, a imagem da Parada acontecendo num lugar como Baddy Bassit ainda tem uma surrealidade que vale a pena você conferir. Quem falava ao microfone se dirigia primeiro a Rio Preto do que a Baddy. Esperança de consolo para quem se preparava para uma super parada na Andaló. Por enquanto, não haverá trio elétrico, não duvido que arrumem um. Assim como o trio, o beijo na boca não é a essência da parada. A essência é a visibilidade, a mobilização. Exercício que volta a ser praticado da estaca zero depois que a cena gay resolveu se fragmentar pela disputa política e demagogia generalizada.
A Parada de Baddy Bassit não foi por água abaixo. Ao menos ela prova que, sim, é possível levar a galera para a rua e dar esse anual lembrete à sociedade em geral de que existimos, queremos e merecemos respeito, por mais que ainda tenhamos problemas em nos respeitarmos a nós mesmos, seja calando, escondendo, negando e disfarçando, seja bagunçando a coisa toda. Seja justificando a falta de vontade política com uma série de desculpas esfarrapadas, seja sem a capacidade de negociação séria e articulação política desinteressada, preocupada com o interesse do povo e realização conjunta, sobre a individual. Rio Preto ainda é muito mais gay-friendly do que muitos outros lugares do país. Basta uma pequena dose de arrogância e teimosia para fazer voltar para trás tudo aquilo que até o momento foi conquistado. Para uns, continua a luta. Para outros menos, permanece o sonho de uma conjunta edificação.

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