quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

LA MINIMA ABERTURA DEL JANEIRO BRASILEIRO DE LA COMEDIA

Pouca pompa, vários lugares vagos no teatro até alguns minutos depois do início do espetáculo. A moda que se tornou a execução de duas vinhetas antes das peças: a do teatro, a do evento, campainhas. Vale a pena as precauções a serem tomadas para não se perder a programação gratuita do Janeiro Brasileiro de Comédia: chegar cedo, enfileirar-se e esperar a bilheteria começar a distribuir os ingressos que se esgotam instantaneamente. Desta vez, parece que a gratuidade do evento afastou um pouco o público e tornou nossa noite mais confortável.
Sobretudo quando sobe o pano e a gente passa a rir da dualidade da personalidade de todos nós. O público toma a poção que libera de si seu id maligno e calvo, e o sintoma é uma barragem de gargalhadas cruéis e obscenas como a do pequeno Hyde. O tema e enredo exaustivamente desenvolvido por cada uma das gerações que seguiram o surgimento do conto ganha uma leitura circense cheia de jogos cujos jogadores já jogam tão bem.
Mais do que nos Palhaços Mudos, usar e abusar da ofuscante presença do Fábio Esposito é um dos vários trunfos da peça. Seu esquartejamento só lhe potencializa a expansão. Ele é uma metralhadora de gags, uma imagem que nos desvia do foco principal, o pivô de um jogo matemático e meticuloso entre os participantes, uma baforada do aliviante cigarro antes do início de mais um ciclo, o do disputado riso do Janeiro Brasileiro da Comédia.

Poole

2 comentários:

  1. Simplesmente fabuloso! Adoro quando eles estão na programação. As músicas, a luz, o cenário, figurino... tudo tinha sintonia! Que delícia de risos!!!

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  2. Simplesmente fantástico. Um elenco em sintonia fina, talentos e criatividade transbordando em cena. Quem ganha é a plateia, que se diverte do começo ao fim. Vida longa ao La Mínima. Bravo!

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