segunda-feira, 11 de julho de 2011

MEIRE LOVE PRA VIAGEM NO SAQUINHO

fotos gentilmente cedidas pelo nosso amigo Ricardo Boni

Como num impensado experimento teatral, nos vemos diante de um efeito Frankenstêinico, com personagens de olhares e vozes carregando um bocado fabuloso de alma, dando vida às meninas de que a estória se trata, narrando suas rubricas sentados, ao invés de encenar com algum deslocamento, em seus banquinhos, com seus bustiês desconcertantes e seus saquinhos plásticos. De vômito? Não. Nós da platéia faríamos bom uso duns desses em outros espetáculos. Aqui eles eram sistematicamente cheios de ar dos pulmões dos atores, com muito mais vômito e outas substâncias fluidificadas em seu interior do que o olho nú a princípio julga. No sonho distante do príncipe encantado estrangeiro, as prostitutas adolescentes usam um texto cru e por isso lírico ao mesmo tempo. É difícil não ver algumas caricaturas ou estereótipos em alguns momentos, mas são frutos da experiência cênica em si e do impacto da figura masculina interpretando tal texto. Quanto aos banquinhos, não me pareciam mais confortáveis do que os da nossa arquibancada. Proposta extremamente audaciosa, principalmente se você pensar na polêmica proibição do uso e desperdício das famigeradas sacolinhas plásticas.




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