quarta-feira, 13 de julho de 2011

OXIGÊNIO EM FORMATOS BIZARROS


Esta foi a mistura mais óbvia num título, para esta nossa mais nova embolação aquendativa de assuntos, uma vez que o FIT vai indo para o seu reto final e a Mostra Interiores se prepara para sair à tona. Bem que o ator de OXIGÊNIO faz lembrar algo do misterioso professor de literatuura do trailer do curta do nosso amigo Luffe Steffen, FUMAÇA EM FORMATOS BIZARROS. A apologia ao consumo do produto fumígeno é mais explícita no primeiro, embora sejam sobre cigarros diferentes. O ator da peça tem, porém, um espírito e performance anos luz sobre o do filme, bem como o elenco que o apoia. Agora, vale dizer que mesmo os formatos mais bizarros da narrativa e encenação que o espetáculo teatral se utilizou, na vaguidão que a sobreposição de temas resultou para ambos os trabalhos, há na peça mais êxito em nos dizer a que veio. Num empolgante jogo de palavra, corpo e música, fomos levados a viver a estória de um assassinato impulsionado por motivos afetivos ao ponto de tomarmos partido ora da vítima ora do carrasco, na legitimidade de suas posições, caindo um pouco em um cansaço vago quando os personagens dele e dela, monológicos, caíam em discussões mais acaloradas sobre grandes e diversos conflitos da geração a que todos aqui pertencemos. De forma geral, o espetáculo nos prende pela força de seus participantes, mesmo que não tivesse havido a apoteose da abertura da rampinha com a tampa de espelhos, o que pode ter causado a vertigem que levou aquela loira, que não conseguiu descer do alto da arquibancada a tempo, vomitar na porta da Swift. OXIGÊNIO nos oxigena, mas também nos oxida em seus trechos mais grandiloquentes, umedecidos pela verborragia.


Quanto ao Luffe, cujo curta é parte da programação da mostra que começa no SESC dia 28 deste mês, nos deve ainda a visita para filmagem das BICHAS GALOPANTES, projeto que nos prometeu levar adiante num tempo em que ainda tínhamos energia para o protagonizar. Agora somos tias manquitolas, que ao invés de bater cabelo, perdem-no ou veem-no ficar branco. Quem sabe se fizermos uma ópera? Teremos todo este gás? Abaixo, vai o trailer do filme. Aquende.

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