Mais uma vez gastamos algumas dessas nossas páginas tratando do Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto. Embora você não nos tenha aquendado tanto como no ano passado, atribuímos isso ao fato de que este ano a gente avacalhou bem menos com as companhias, dando a coisa um ar mais condizente com a nossa pretensa vocação de críticos teatrais. Escrevemos para o Bom Dia, demos nossa opinião para o Diário, fomos lidos e nos manifestamos sobretudo sobre as condições da platéia do festival.
Hoje, além de tudo o que já foi dito, vamos reforçar o repúdio à decisão tomada pela organização do FIT, com o apoio de grande parte da classe artística da cidade, de se restringir a participação somente aos grupos que tivessem DRT. Questionamos o pressuposto de que o teatro profissional signifique necessariamente qualidade, ou que o amador seja o contrário disso. Gostaríamos de ver, com coragem, uma seleção que não se limitasse a meramente cumprir a agenda dessa grande associação de festivais nacionais e internacionais do país, das entidadezinhas locais, de apadrinhados ou qualquer outra fórmula fácil e lançar-se ao desafio de analisar meticulosamente cada trabalho, como o objetivo de compor uma grade original e única, fazendo deste um festival diferente de todos os outros e não apenas mais um.
Ainda em tempo, gostaríamos de agradecer a quem nos leu durante essa nossa incursão teatral, desculpar-mo-nos por não ter conseguido ver vários dos espetáculos que participaram do FIT, sobretudo Gardênia, veja o trailer abaixo, de que tanto ouvimos e simpatizamos com o tema. Ainda vamos atrás de vocês, meninas, continuem nos aquendando. Nos próximos dias, fecharemos a longa aquendação da programação bafo da Mostra Interiores.
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