Ontem fechamos o festival com GUERRA CEGA SIMPLEX. Confiram as fotos que já saíram na UOL. Já cansados, exaustos pela over-dose teatral da última semana, fomos conferir a peça tentando ser meticulosamente pontuais. Não valeu a pena. A dois minutos do horário marcado, algumas pessoas sem ingresso entravam no Espaço 1 da Swift sem ingresso antes de alguns, inclusive nós, que tinham ingresso antecipado. A turma estava com bastante pressa de terminar aquilo logo. Sentamos no chão, mesmo tendo comprado ingresso, o que não diferia muito das desconfortáveis arquibancadas sem almofadinhas, marca registrada do FIT 2010.
Ali, no chão, vítimas da singularidade de tal FIT, tentamos sobreviver à longa jornada na reflexão sobre a guerra, cuja relevância achamos de proporções monumentais, o que não tem nada a ver com o tempo necessário para a conclusão de tal espetáculo. Houve um momento, que um grupo de loiras atrás de nós, e parte da platéia, torceu para que aquele canhão de luz atingido pela porção de farinha de trigo atirada pela atriz realmente pegasse fogo e antecipasse o fim do espetáculo. Não foi desta vez, fomos até o final sentados no chão, entendendo pouco, entretendo-se pouco. Faltou-nos espírito, intelectualidade e bunda para apreciar a peça melhor.
Fica uma perspectiva para o FIT, que teve neste espetáculo um outro exemplo da saga mesopotâmica pela singularidade. Que tal, se num arroubo de audácia, tentássemos vagar pelas instâncias da convencionalidade no ano que vem? RASTO ATRÁS vai por esse caminho, com algum êxito.
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Ufa! Ainda bem que minha última peça foi 'Orégano', que me deixou muito satisfeito. Taí uma produção rio-pretense que merece atenção. E que o tempo perdure para esse espetáculo.
ResponderExcluirClamando pela convencionalidade?
ResponderExcluirSeus problemas acabaram... Sente-se em casa, sofá confortável e assista a uma das diversas novelas produzidas pela nossa maravilhosa Chernobyl Cultural. De certo que não lhe faltará bunda, intelectualidade ou espírito nessa empreitada.