sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Bocaccione Nos Mil Tons de Beje

As crianças aprendem dos pais a usarem os celulares, tirarem fotos com flash no meio da peça e toda a sorte de selvageria, elas não nasceram sabendo como comportar-se na sala de teatro, mas é tocante ver como se dá o aprendizado do filho pelo pai e do pai pelo filho. Felizmente, sentei lá na primeira fileira, onde dói um pouco o pescoço, sequioso da catártica sensação de ser atingido pela baba exaltada dos atores. Os simpáticos bonecos serviram de escudo sem que tivessem ocultado o ator, que se vestia de branco no cenário de fundo preto, declarando sua identidade. Ritmo num elenco afinado ajuda bastante, e este cantou direitinho as excelentes canções que compõe a peça, trunfo do espetáculo, escorregando na verdade de seus diálogos. As crianças podiam ter oficinas de como fazer as figuras como as que compõem o Pássaro das Mil Cores. Dá vontade de fazer também.

Figuras de todos os tamanhos, resoluções cênicas simples, e uma estória que me fez lembrar a outra de Rubem Alves, também levada ao palco pelos nossos amigos daqui, misturando elementos amazônicos, mostrando como as crianças podem ser os instrumentos da providência dos deuses, tanto para a sagrada harmonia da floresta quanto para o seu desequilíbrio, como os personagens da lenda sobre o palco e os reais sentados na platéia.

2 comentários:

  1. Olá!
    Meu nome é Nathália e sou integrante da Cia. Teatral Boccaccione.
    Só descobrimos sua crítica por meio do nosso site, que atualiza semanalmente as visitas que tivemos.

    Muito obrigada pela crítica e pelo carinho.
    Mesmo, mesmo.
    Sempre é gratificante apresentarmos em Rio Preto!

    Um beijo, obrigada.
    Nathália.

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  2. Olá, Nathalia.
    Muito obrigado por aquendar o nosso blog. Espero que continue com a gente aquendando o que já foi feito e o que está para ser posto no ar, sobre teatro ou sobre o que quer que seja. Parabéns pelo espetáculo e nos vemos em breve.

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